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Em meio aos recentes desastres ambientais do Rio Grande do Sul, com as enchentes e, mais recentemente, os incêndios no Pantanal, causando crises humanitárias sem precedentes, além de prejuízos imensos à biodiversidade, às cidades e às empresas, não há como negar a importância e urgência de planos de transição climática que contemplem os riscos físicos e de transição para os negócios, analisados em um horizonte de médio e longo prazo.
Sabemos que o exemplo vem de cima. Portanto, a alta administração das organizações é quem precisa tomar a iniciativa de iniciar este movimento. Somente o conhecimento profundo a respeito traz os elementos necessários e as ferramentas para desenvolver tais planos de transição. Uma das fontes para os conselhos de administração iniciou-se há alguns anos na Inglaterra. O Chapter Zero Uk pretende inspirar os conselheiros a trabalhar pelo clima. Hoje já são diversos Chapter Zero espalhados pelo mundo. Aqui no Brasil ele é sediado no IBGC, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Você pode baixar um guia produzido pelo Chapter Zero do Brasil neste link: https://conhecimento.ibgc.org.br/Paginas/Publicacao.aspx?PubId=24586&assessment=1
O Chapter Zero, globalmente, produz diversos conteúdos interessantes também. Como estamos tratando de planos de transição climática, este recente seminário do Chapter Zero Uk produzido em parceria com a London Exchange é bastante inspirador:
https://youtu.be/3MtWSrvg9Ms?si=LvJdTXJQ9NqUvBsU
Como vice-coordenadora da comissão de sustentabilidade do IBGC, tive a oportunidade de participar recentemente da co-autoria de um guia para os conselheiros, em uma iniciativa do Chapter Zero Brasil, que orientará os agentes de governança sobre as normas IFRS S1 e S2. O lançamento irá acontecer no dia 29.08. As inscrições presenciais e on-line podem ser feitas em:
Evento de Lançamento do Guia para conselheiros em IFRS S1 e S2
E por que se preocupar com a urgência climática, a par os danos ambientais, estruturais e sociais que temos presenciado aqui e no mundo? Porque cada vez custará mais caro para reverter os danos.
“Is Net Zero by 2050 Still Possible? Yes, But It’ll Cost 19% More”.
O recente artigo da Bloomberg (link acima) analisa, com base em recentes pesquisas científicas, o quanto vai custar, ano a ano, os danos causados pelos eventos climáticos extremos: entre 19 e 59 trilhões de dólares, a cada ano, até 2050, independentemente da redução das emissões de carbono, citando pesquisa recente do “Postdam Institute for Climate Research”.
As mudanças vêm acontecendo, mas as evidências são claras quanto ao ritmo e à velocidade com que governos e organizações precisam agir. O papel do profissional, que antes de tudo é um cidadão, é agir nessa direção em todas as esferas da sua vida. Falando no nosso papel como cidadãos e para terminar com uma mensagem positiva, temos um movimento mundial para estender os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2050. Vejam esta excelente análise publicada na Nature:
https://www.nature.com/articles/d41586-024-01754-6
Nele, podemos analisar o status atual dos ODS em cada região do mundo e como fazer para estender esta importante agenda para 2050. Vamos todos trabalhar nesta direção!